Nesta semana, o Falcon Heavy da SpaceX foi usado para colocar em órbita um Tesla Roadster vermelho que levava um boneco como "piloto" e muitas referências nerds. Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla Motors, comentou anteriormente que se o carro não fosse destruído durante o lançamento, ele ficaria no espaço por um bilhão de anos.
Como o veículo se manteve inteiro até entrar em órbita, é possível que a previsão de Musk esteja correta e a pergunta muda. A questão agora é: o que vai acontecer com o Tesla Roadster nos próximos anos?
De acordo com Ron Turner, um conselheiro científico do Instituto de Conceitos Avançados da NASA, em poucos anos o carro deve estar mais desgastado, ele não vai manter sua forma e deve se assemelhar mais com algo como o Titanic no fundo do oceano do que com as fotos que vimos essa semana.
Um dos motivos para isso é a radiação, que vai rapidamente degradar qualquer estrutura de couro, tecido, plástico ou borracha. A estrutura de alumínio, as partes internas de metal e as partes de vidro que não forem estilhaçadas ao colidirem com meteoritos, entretanto, não devem ser afetadas por isso.
Porém, essa não será a única causa de desgaste no visual do carro. Há uma colisão constante com pequenas partículas chamadas micrometeoritos que voam pelo espaço com uma velocidade elevada e devem atingir o carro a cerca de 20 km por segundo. Isso vai estragar a pintura e causar amassados no metal e, em algumas décadas, a tinta vermelha Tesla Roadster deve sumir.
E sobre colidir com um objeto maior, especialistas comentam que as chances são extremamente baixas, ao contrário do que o C-3PO fez com que acreditássemos em Star Wars.
Infelizmente não sobreviveremos um bilhão de anos para saber se Elon Musk estava correto em sua afirmação sobre o Tesla Roadster durar tanto tempo no espaço. Mas, com alguma sorte, talvez nós possamos avistar o veículo novamente nos próximos anos, vagando pelos céus como uma sucata espacial.