A Netflix quer produzir mais séries nacionais e se diferenciar das novelas de TV aberta, disse o vice-presidente de conteúdo internacional da empresa, Erik Barmack, em entrevista ao Estadão.
A empresa de streaming revelou que lançará 470 conteúdos originais em 2018. A ideia é que o número de produções internacionais cresça. Na Europa, 100 projetos já foram revelados neste ano. No Brasil, cinco séries foram anunciadas: 3%, Coisa Mais Linda, Samantha!, O Mecanismo e Sintonia. "Certamente anunciaremos mais três ou quatro [produções brasileiras] até o fim do ano", diz Barmack
O executivo argumenta que a Netflix é uma empresa global e, atualmente, uma pequena parcela dos conteúdos vem de fora dos EUA:
Nosso negócio está se tornando mais global e não dá para só 4% ou 5% do conteúdo vir de fora dos Estados Unidos. As boas séries estão vindo de todo lugar, como 3%, do Brasil, ou La Casa de Papel, da Espanha.
Barmack revela que não há uma diretriz que indica qual tipo de conteúdo deve ser produzido. "Temos o princípio da liberdade artística. É por isso que queremos trabalhar com José Padilha e Selton Mello ", completou. A empresa também pretende se distanciar de conteúdos da TV aberta. A ideia é trazer conteúdo inédito para a grade de produções tupiniquins.
Queremos nos diferenciar da TV aberta. Não temos nada contra novelas, mas não vamos investir nelas, pois já existem emissoras no Brasil que as fazem muito bem. Temos de fornecer programação que não existe na TV aberta, como fantasia, ficção e comédias ousadas.
Por fim, ele mencionou a parceria com Kondzilla, citando que a série Sintonia pode atrair uma audiência global.