Mark Zuckerberg escreveu um texto opinativo publicado pelo Washington Post. No artigo, o fundador do Facebook pede para que os governos do mundo todo criem regulamentações e novas regras para a internet.
"Eu acredito que precisamos de papeis mais ativos por parte do governo e dos legisladores", escreve o executivo. "Criando novas regras para a internet, nós conseguimos preservar o que há de melhor — a liberdade de expressão e a possibilidade de empreendedores criarem novas coisas — ao mesmo tempo que protegemos a sociedade de danos maiores", explica.
Para Zuckerberg, a internet precisa de regulamentação em quatro áreas principais: eliminar conteúdo nocivo, proteger a integridade de eleições, preservar a privacidade dos usuários e permitir a portabilidade de dados.
Sobre a eliminação de conteúdo nocivo, Mark argumenta que é impossível remover tudo que há de ruim na internet, mas que, ao criar uma regulamentação que normatiza alguns pontos, torna-se mais fácil para que as empresas e redes sociais consigam averiguar de forma mais efetiva a proliferação de certos tipos de discursos e práticas criminosas presentes na web. O empresário também declara que todos os serviços digitais deveriam lançar relatórios públicos para informar aos usuários quais tipos de conteúdos nocivos são removidos de cada plataforma, prática que o Facebook adotou recentemente.
Acerca da proteção da integridade de eleições, Zuckerberg apresenta as mudanças feitas pelo Facebook nos últimos meses. A plataforma mudou sua política de anúncios de campanha e agora apresenta aos usuários um banco de dados que mostra quais candidatos contrataram os serviços de propaganda eleitoral na rede social.
Para proteger a privacidade dos usuários, o executivo diz que concorda com a Regulamentação Geral de Proteção de Dados da União Europeia, medida que está valendo na Europa desde maio de 2018, e que apresenta uma série de medidas de cautela para a administração dos dados de quem navega pela internet. Ele aponta que uma única regulamentação global seria ideal, nesse quesito.
Por fim, Mark fala sobre a portabilidade de dados, a possibilidade de um usuário migrar todas as suas informações de um serviço para o outro sem muita dificuldade. Para ele, isso permitira que o mercado de empresas digitais crescesse ainda mais, com uma concorrência saudável entre os serviços. O executivo declarou seu apoio ao Data Transfer Project, plataforma que já permite a transferência desse tipo de dado.
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Antes de encerrar seu texto, o fundador do Facebook se diz aberto a discutir todas essas questões junto de legisladores do mundo todo e diz que as regulamentações definirão melhor os direitos e deveres dos usuários, empresas e governos acerca do mundo digital.