Prestes a encerrar sua primeira temporada, A Casa do Dragão dedicou seu nono episódio a mostrar os bastidores de como a Dança dos Dragões começou.
O capítulo é focado no ponto de vista de Alicent (Olivia Cooke) e dos “Verdes”, e em como um vácuo de poder pode ser perigoso, especialmente em um local traiçoeiro como Westeros.
[Spoilers de A Casa do Dragão a partir daqui]

Quando lemos sobre acontecimentos históricos nos livros, sempre nos perguntamos como aquilo deve ter acontecido de verdade. Essa é a proposta do nono episódio da primeira temporada de A Casa do Dragão, que detalha os bastidores do começo da Dança dos Dragões.
Seguindo o encerramento do capítulo anterior, a série confirma que o rei Viserys (Paddy Considine) está morto, e que Alicent entendeu suas frases finais entrecortadas como um desejo de que Aegon (Tom Glynn-Carney) fosse o novo rei de Westeros. No entanto, há um grande desconforto em tal declaração, uma vez que só a rainha a ouviu e, oficialmente, Rhaenyra (Emma D'Arcy) continua sendo a herdeira oficial.
Justamente por isso, o que se segue é uma série de ações para dar um golpe de estado. Todos que sabem sobre a morte do rei são mantidos cativos, e a notícia não deve chegar até a princesa, ao menos até que Aegon seja coroado. Enquanto Alicent fica aflita com o que pode acontecer em seguida, quem mostra uma ousada liderança é Otto Hightower (Rhys Ifans), que deixa escancarado o desejo por poder. O pai da rainha e Mão do Rei manda e desmanda em Porto Real, ameaçando todos que se colocam em seu caminho.

Em paralelo a isso, inicia-se uma busca pelo paradeiro de Aegon, que claramente não deseja ser rei. Com uma rápida jornada pelas ruas de Westeros, a série planta como a crueldade do futuro governante pode ser maior do que todos imaginavam ali, o que acende uma pequena chama de resistência. Enquanto o simples povo da capital se vê quase obrigado a aceitar o rapaz, a princesa Rhaenys (Eve Best) faz um ousado movimento para deixar seu cativeiro e alertar Rhaenyra de tudo.
Curiosamente, a herdeira de Viserys não aparece no episódio em si. Chamado de “O Conselho Verde”, o capítulo parece querer dividir de vez as duas facções, já que o encerramento será chamado de “A Rainha de Preto”, e deve ser 100% focado em como os apoiadores de Rhaenyra receberam as notícias, tanto da morte do rei, quanto do que aconteceu em seguida.
É importante ressaltar que A Casa do Dragão continua mostrando a rainha Alicent como uma vítima dos acontecimentos. Além de precisar se submeter aos estranhos pedidos de Larys Strong (Matthew Needham), a viúva tem plena convicção que está cumprindo o desejo do marido ao coroar o filho mais velho. Nada disso a exime de culpa, mas é um ponto de vista interessante de acompanhar.

O capítulo termina com a estranha coroação de Aegon II Targaryen, considerado futuramente como um dos piores governantes de Westeros. Há uma grande apreensão em todos os momentos, especialmente porque todos ali sabem que o que está acontecendo é errado. Já coroado, o jovem rei mostra que gosta de ser adorado, mas tem a comemoração interrompida por Rhaenys, que recupera sua dragão Meleys e faz a maior declaração de guerra que poderia existir no continente.
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Com mais um episódio pela frente, A Casa do Dragão promete terminar sua primeira temporada com todas as peças prontas para a Dança dos Dragões. E, embora o espectador de Game of Thrones já esteja acostumado com isso, é bom lembrar que é melhor não se apegar com ninguém neste momento.
A Casa do Dragão ganha novos episódios aos domingos na HBO e HBO Max.