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Estrela é devorada por buraco negro em processo chamado de "espaguetificação"
Ciência e Tecnologia

Estrela é devorada por buraco negro em processo chamado de "espaguetificação"

Tem até uma animação para ilustrar o acontecimento!

Priscila Ganiko
Priscila Ganiko
16.out.20 às 13h07
Atualizado há mais de 4 anos
Estrela é devorada por buraco negro em processo chamado de "espaguetificação"

Cientistas estudaram um raro fenômeno envolvendo uma estrela sendo destruída por um buraco negro através de um processo chamado de "espaguetificação".

Usando dados recolhidos pelo Observatório Europeu do Sul e uma série de outras organizações espalhadas pelo mundo, um grupo de estudiosos conseguiu avaliar em detalhes o acontecimento, batizado de AT2019qiz.

Sinalizado por um clarão intenso, o fenômeno aconteceu quando uma estrela com massa similar a do nosso Sol foi parcialmente sugada por um buraco negro cuja massa é mais de um milhão de vezes maior do que a dela.

Puxada pela imensa força gravitacional, parte da estrela se desfez em finas correntes de matéria que caíram dentro do buraco negro e causaram uma explosão de energia que gerou luz e foi detectada pelos cientistas.

No evento, que aconteceu em setembro de 2019 a apenas 215 milhões de anos-luz de distância da Terra, a estrela perdeu metade de sua massa, e o buraco negro lançou uma explosão de materiais a 10.000 km por segundo.

Você pode ver uma representação animada no vídeo abaixo, publicado no canal oficial do Observatório:

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Essa expulsão de parte da matéria pode prejudicar a visibilidade do fenômeno, mas nesse caso em particular, a análise foi possível pois foi realizada pouco depois da espaguetificação da estrela. Segundo Kate Alexander, coautora do estudo e bolsista Einstein da Nasa na Universidade Northwestern, nos EUA:

Essa única 'espiada atrás da cortina' providenciou a primeira oportunidade de determinar a origem do material ocultante com precisão e acompanhar em tempo real como ele envolve o buraco negro.

A equipe observou o AT2019qiz durante seis meses, acompanhando enquanto a luz aumentou e depois diminuiu. Usando diversas ferramentas e telescópios ao redor do mundo, foram capazes de encontrar uma conexão direta entre o material da estrela e o clarão emitido enquanto ele era devorado pelo buraco negro.

O time de cientistas que fez a descoberta considera que esse pode ser um novo ponto de partida para interpretar observações futuras desse tipo de fenômeno. Com informações do site do ESO e da Revista Galileu.

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