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Chuck Berry morre aos 90 anos, mas deixa um legado de “um bilhão de anos ou mais”
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Chuck Berry morre aos 90 anos, mas deixa um legado de “um bilhão de anos ou mais”

Canções do compositor estão eternizadas até em uma missão interestelar da NASA

Marina Val
Marina Val
20.mar.17 às 12h17
Atualizado há mais de 8 anos
Chuck Berry morre aos 90 anos, mas deixa um legado de “um bilhão de anos ou mais”

Chuck Berry, a lenda do rock que influenciou inúmeras gerações de artistas, morreu no último final de semana, aos 90 anos.

A notícia sobre a morte do compositor vem apenas alguns meses depois do anúncio de um novo álbum, Chuck, que deve ser lançado ainda em 2017, o primeiro em 38 anos que trará material inédito.

Durante sua carreira, Berry influenciou inúmeras bandas e artistas como The Beatles, The Rolling Stones, Bruce Springsteen, entre outros. O músico foi tão importante para o rock que John Lennon chegou a declarar que “Se você quisesse dar outro nome para Rock 'n' Roll, você poderia chamar de Chuck Berry”.

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No cinema, Chuck Berry teve suas músicas usadas em produções como Teen Wolf – O Garoto do Futuro, MIB – Homens de Preto, Esqueceram de Mim 3 e até em Carros, da Pixar.

Entretanto, os momentos mais memoráveis nas telonas com as músicas de Berry são De Volta Para o Futuro, em uma cena em que Marty McFly toca uma música supostamente “antiga, pelo menos de onde ele veio”, três anos antes de ela ser lançada naquela linha do tempo:

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E em Pulp Fiction, quando Mia faz com que Vincent participe de um concurso de dança com ela ao som de “You Can Never Tell”.

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E as influências de Chuck Berry extrapolam a cultura pop e vão muito além do nosso sistema solar.

Quando a NASA lançou a missão Voyager I em 1977, a agência espacial americana incluiu um disco que supostamente seria capaz de explicar os sons da Terra para alienígenas e além de registros sonoros de fenômenos naturais como trovões, cantos de pássaros, ondas do mar , também foi incluída a música “Johnny B. Goode”, de Berry.

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Apesar da improbabilidade de alguma forma de vida de extraterreste encontrar o registro, ainda é uma honra ser selecionado quase como um porta-voz da música no nosso planeta.

Carl Sagan, o chefe do comitê que selecionou o conteúdo dos discos da missão Voyager, escreveu uma carta para Chuck Berry na época para falar sobre a decisão de eternizar a música em um disco que duraria “um bilhão de anos ou mais”:

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"Caro Chuck Berry, quando dizem que sua música viverá para sempre, você normalmente pode ter certeza de que eles estão exagerando. Mas Johnny B. Goode está no disco interestelar da Voyager, na nave Voyager da NASA - que agora está a dois bilhões de milhas da Terra e destinado às estrelas. Estes discos vão durar por um bilhão de anos ou mais. Feliz aniversário de 60 anos, com a nossa admiração para a música que você deu a este mundo... Go Johnny, Go."

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