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Cientistas encontram planetas que são tão densos quanto algodão doce
Ciência e Tecnologia

Cientistas encontram planetas que são tão densos quanto algodão doce

Três planetas que orbitam a estrela Kepler 51

Priscila Ganiko
Priscila Ganiko
01.fev.20 às 11h50
Atualizado há mais de 5 anos
Cientistas encontram planetas que são tão densos quanto algodão doce

Das palavras que poderiam ser utilizadas para descrever planetas, certamente "fofo" não é a primeira que pensamos. Mas isso pode mudar, pois cientistas descobriram um aglomerado de planetas cuja densidade é como a de um algodão doce.

Em 2012, os cientistas descobriram a estrela Kepler 51, do tipo solar, e detectaram 3 planetas em sua órbita. Esses planetas possuem o mesmo tamanho de Júpiter, o maior de nosso Sistema Solar, mas apresentam massa parecida com a da Terra — o que significa que são pouco densos. Na verdade, são os planetas com a menor densidade já vista.

Ilustração comparando os planetas de Kepler com os do nosso sistema | Arte: NASA, ESA, e L. Hustak e J. Olmsted (STScI)

A NASA relatou que os "super-puffs" — apelido dado ao trio de planetas — tiveram suas densidades determinadas em 2014, mas foi só em dezembro de 2019 que conseguiram refinar os dados para confirmar que, realmente, são planetas fofinhos.

Usando o telescópio Hubble, a equipe observou os planetas enquanto eles passavam na frente da estrela central de seu sistema, procurando por componentes como água nas atmosferas. Jessica Libby-Roberts, da universidade de Colorado, revelou que os cientistas ficaram muito surpresos por não encontrarem água. "Tínhamos planejado observar características grandes de absorção de água, mas elas simplesmente não estavam lá", contou.

Apesar de não encontrarem o que estavam procurando por conta da imensa quantidade de nuvens, as informações obtidas ajudam a sustentar a teoria de que a formação de nuvens e névoa está ligada à temperatura do planeta — quanto mais gelado, mais nuvens ele apresenta.

Segundo os estudos do grupo, a baixa densidade dos planetas está ligada à idade do sistema, que ainda é jovem: ele tem apenas 500 milhões de anos. Para comparação, o Sol que orbitamos tem aproximadamente 4,6 bilhões de anos, então, realmente, o Kepler 51 pode ser considerado jovem.

Porém, a fofura de ao menos um deles deve acabar nos próximos bilhões de anos. As atmosferas de baixa densidade dos planetas devem diminuir, e o planeta mais próximo da estrela deve perder completamente sua aura felpuda com o passar do tempo.

Com informações do site oficial da NASA, Universidade de Colorado e do Slash Gear (em inglês).

Outra descoberta recente mostrou o Sol com um super zoom e sua superfície parece um pé-de-moleque, um nacho ou até mesmo um monte de pipoca caramelizada.

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