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Pokémon Go | Safari Zone no Brasil captura milhares de jogadores de todas as idades
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Pokémon Go | Safari Zone no Brasil captura milhares de jogadores de todas as idades

Amizades e exercícios físicos incentivam jogadores a continuar no game

Marina Val
Marina Val
29.jan.19 às 12h01
Atualizado há mais de 6 anos
Pokémon Go | Safari Zone no Brasil captura milhares de jogadores de todas as idades

Aconteceu no último final de semana (25 a 27 de janeiro) a primeira Safari Zone de Pokémon Go no Brasil, em Porto Alegre, e capturou muitos jogadores com sucesso. Ao longo dos três dias, o evento conseguiu atender cerca de 25 mil treinadores na Orla do Rio Guaíba sem grandes problemas (além do calor, que não é culpa do jogo) e atraiu a atenção de fãs de todo o Brasil que aproveitaram os Psyduck Shiny que estavam disponíveis também fora do área do safari.

O que é a Safari Zone de Pokémon Go?

Similar às Safari Zones em jogos da franquia principal, são áreas onde é possível encontrar alguns Pokémon selvagem específico. A diferença é que, assim como acontece geralmente no aplicativo, é preciso ir fisicamente para um local específico para encontrar os monstros mais raros. Para acessar os benefícios, é necessário também de um código ou QR code exclusivo, que é liberado através de um site oficial.

Exemplo de uma àrea de Check-in da Safari Zone de Pokémon Go em Porto Alegre

No caso de Porto Alegre, após inserir o código, o jogador tinha acesso a algumas centenas de PokéStops exclusivos, que davam ovos de 2km especiais, e também aparição mais frequente de criaturas como Bagon, Chimchar, Turtwig, Piplup, Psyduck (com possibilidade de Shiny), além do raro Relicanth e vários Unown que correspondiam às letras da cidade (P-O-R-T-A-L-E-G).

Além disso, brindes físicos também foram distribuídas, como pôsteres, adesivos, códigos para itens dentro do jogo e até água mineral para garantir que ninguém desidrataria durante a caçada.

E alguém ainda joga? (SIM)

Se você não joga mais Pokémon Go e não conhece pessoas que jogam, talvez se espante com a popularidade que o aplicativo continua a ter. Apesar de não ser mais o foco de notícias como era nas semanas após o lançamento, o título continua atraindo muitas pessoas ao redor do mundo, ainda sendo possível encontrar com facilidade grupos que se unem em eventos especiais e raids. O lucro do jogo também continua crescendo e teve um aumento de 37% em 2018, comparado com o ano anterior.

Um exemplo concreto do amor que os fãs ainda têm pelo jogo foi justamente a Safari Zone de Porto Alegre. Mais de 125 mil pessoas se inscreveram só nos três primeiros dias no site oficial e 25 mil conseguiram ingressos e compareceram ao longo da duração do encontro. O público, diferente da maioria dos eventos de games, tinha uma diversidade enorme de faixa etária, de gênero e de razões para continuar jogando.

Entre os mais jovens, muitos citaram o amor pela franquia como um dos principais motivos para a dedicação com o game mobile, o que é algo notável, considerando que os primeiros jogos foram lançados há mais de 20 anos.

Ângela Coelho no Safari Zone de Pokémon Go

Entretanto, o local não tinha apenas adolescentes tentando capturar os monstrinhos. Um dos exemplos é Ângela Coelho, de 65 anos, que declarou jogar desde o primeiro dia e que usa isso como um incentivo para caminhar e explorar a cidade:

O que me incentiva? Novos amigos, que a gente fez muitos - eu tenho três grupos -, as caminhadas, os Pokémon novos. É divertido conhecer as pessoas e andar pela cidade. Eu não tinha vindo aqui na Orla [do Rio Guaíba] ainda e estou achando muito bom o evento. Eu jogo desde o primeiro dia, já vai fazer dois anos. Todos os dias eu saio para caminhar, levo o celular. A princípio era uma caminhadinha de meia hora, agora eu faço uma hora e meia, duas horas, caminho e me sinto super bem. Eu acho que é bom isso também. Não só o jogo em si, mas todas essas outras coisas que vem junto com o jogo. E é divertido porque os mais jovens jogam junto com os mais velhos e interagir é muito bom.

A atividade física também é um dos atrativos para Denise Zelmanovitz, moradora de Porto Alegre, mas, para ela, o mais importante são as amizades, o companheirismo. Ela participa de vários grupos ligados aos parques da cidade, alguns com até 500 membros, que usa para marcar raids e garante que conhece pessoalmente pelo menos umas 100 dessas pessoas.

Denise Bittencourt no Safari Zone de Pokémon Go

Por toda a Orla, via-se grupos de amigos com camisetas personalizadas que mostravam a cidade de onde vieram ou o time que escolheram dentro do jogo. Pessoas que nunca haviam se visto antes interagiam pela primeira vez por conta de um game que as fez sair de casa.

Foi possível perceber que, além de unir jogadores que não se conheciam, Pokémon Go também é usado como uma maneira de juntar famílias que estão fisicamente longe, como é o caso de Denise Bittencourt:

Eu tenho 55 anos e comecei de brincadeira para interagir com o meu filho que foi morar longe [nos Estados Unidos] e é muito bom porque todo dia tem assunto, que é o Pokémon, e isso me faz jogar sempre, cada vez mais. Hoje ele tá postando lá nas redes as minhas fotos, os amigos [dele] estão curtindo, compartilhando, e eu fiz muitas amizades novas. Meu salto, até então, era oito e agora virou tênis. Look especial para o Pokémon. Interação com as pessoas é o melhor de tudo e fora que é uma terapia, porque quando você tá muito estressada, vai passear com o bichinho, é demais. [risos]

O amor pela franquia é tão grande que fãs de outros países viajaram apenas para participar, como foi o caso de Americo Nazif, que veio de Santiago, no Chile. Ele sempre gostou dos games originais, mas agora o carinho ficou ainda maior pois é algo que pode aproveitar junto com o filho, que também viajou até Porto Alegre para jogar.

Outros vieram de locais um pouco mais próximos, como Lilian Yamasaki, que saiu de São Paulo para participar do evento e aproveitou a viagem para dar uma passadinha na Serra Gaúcha e descobrir quais Pokémon vai encontrar por lá.

Apesar de esse ser a primeira Safari Zone de Pokémon Go no Brasil, ela trouxe alguns jogadores com experiência no evento. Rejane Cunha, de Fortaleza, no Ceará, já participou em Dortmund, na Alemanha, e veio prestigiar a ação no Brasil. Se depender dela, essa também não será o última.

Eu sempre gostei, nunca parei. Eu ia pra São Paulo, pra todo canto jogar, e nunca me desmotivei. Eu continuo e vou continuar até ficar bem velhinha e não conseguir mais.

A letra em português do anime de Pokémon nunca fez tanto sentido como faz agora. Pokémon Go realmente fez os jogadores viajarem e transformou tudo que conhecíamos sobre essa franquia.

Pokémon GO está disponível gratuitamente para iOS e Android.

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