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O Diabo de Cada Dia | "Do outro lado da câmera, estávamos todos rindo", revela diretor
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O Diabo de Cada Dia | "Do outro lado da câmera, estávamos todos rindo", revela diretor

Conversamos com o brasileiro Antonio Campos sobre o novo filme da Netflix

Fernanda Talarico
Fernanda Talarico
22.set.20 às 15h16
Atualizado há mais de 4 anos
O Diabo de Cada Dia | "Do outro lado da câmera, estávamos todos rindo", revela diretor

O Diabo de Cada Dia, novo filme da Netflix, traz grandes nomes no elenco, como Tom Holland, Robert Pattinson, Sebastian Stan, Bill Skarsgård e mais. A direção é do brasileiro Antonio Campos, responsável por títulos como Simon Killer (2012), Christine (2016), Afterschool (2008), além de um dos curtas presentes na produção Feito em Casa (2020), elaborada pela Netflix durante a pandemia de COVID-19, o novo coronavírus.

O NerdBunker conversou com o diretor sobre o clima nos bastidores do seu novo filme, como foi adaptar um livro para um longa-metragem e sobre a relação com os atores.

Adaptação

O título é baseado no livro O Mal Nosso de Cada Dia, lançado no Brasil pela Editora DarkSide (saiba mais aqui) e escrito por Donald Ray Pollock — que inclusive aparece na produção como o narrador da história. Segundo Campos, não havia a possibilidade de outra pessoa contar a trama além do próprio criador, afinal ele é quem tem mais conhecimento sobre este universo.

Quando pedi a ele que participasse, estava muito nervoso, porque tinha a chance de que ele não aceitasse e eu não tinha um 'plano B'. Mas ele falou ‘sim’, e ainda disse: ‘Caso você não goste do que eu fizer, você pode colocar outra pessoa no meu lugar’.

Campos conheceu o autor pelo amigo Randal Poster que, junto com Jake Gyllenhaal, é produtor do filme. “Ele me trouxe o livro e disse que queria produzir a história comigo. Li e adorei a ideia!”.

Elenco

O Diabo de Cada Dia chama bastante a atenção pelo elenco estrelar, que também conta com Haley Bennett, Mia Wasikowska, Eliza Scanlen, Riley Keough e Jason Clarke. Para Campos, comandar um time com tantos nomes famosos foi um aprendizado, pois cada um deles tinha o seu próprio método de atuar:

Quando se dirige atores, você é obrigado a aprender a língua de cada um deles, porque eles têm processos diferentes. Você tem que saber o que ele precisa ou não, se quer conversar, discutir, ou ficar quieto.

Robert Pattinson como Reverendo Preston Teagardin em O Diabo de Cada Dia

O cineasta entende que todo este trabalho é construído na base da confiança entre artista e diretor, e que isto é criado desde o processo de seleção, quando é feito a escolha do elenco. “Quando eu estou escolhendo, quero achar atores os quais eu gosto como pessoas, claro, mas que também tenham muito talento”, completa.

Quando entro no set de filmagens, quero que seja um processo divertido. Fazer filmes é pesado e difícil, mas gravar um longa pode ser divertido, uma experiência feliz.

Personagens

Diferente de criadores que não conseguem escolher entre suas “criaturas”, Campos tem alguns personagens entre os seus preferidos. “Gosto muito do Reverendo Preston Teagardin, vivido por Robert Pattinson.”

Mas uma personagem que as pessoas não me perguntam muito e que é incrível é a Sandy, vivida pela Riley Keough. Ela é uma serial killer muito complicada, gosto bastante dela. Tem algo quase romântica sobre essa personagem.

Riley Keough e Jason Clarke como Carl e Sandy Henderson

Arvin Russell, vivido por Tom Holland, também está entre os queridos do diretor, não apenas por ser um ponto central da trama, mas também por estar presente em um dos momentos mais difíceis de ser gravado: uma cena com Sebastian Stan, o Xerife Lee Bodecker, na qual tiveram que ensaiar uma longa coreografia.

Os dois tinham que se ouvir, sem se olhar. Foi um desafio mover a câmera.

Bastidores

A história acompanha mistérios e violência, envolvendo a comunidade da cidade de Knockemstiff, nos Estados Unidos. A trama expõe a maldade humana e até onde a perversidade das pessoas pode chegar, mantendo um clima pesado e tenso por quase toda a duração do filme.

No entanto, segundo Antonio Campos, o clima nos bastidores era o extremo oposto do encontrado em O Diabo de Cada Dia.

Do outro lado da câmera, estávamos todos rindo muito, com muitos sorrisos. Na frente da câmera, era muito drama, com todos querendo se matar, mas fora era muito legal. Se você ver cenas dos bastidores, a equipe está se abraçando e dando risada.

Influências

O cinema Hollywoodiano foi de onde Antonio Campos pegou as suas maiores influências. Diretores como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese e Michael Cimino o levaram a compor a sua cinematografia e, principalmente, o que vemos em cena em seu novo filme:

Usei muito como base filmes da década de 1970, como O Franco Atirador (1978), O Portal do Paraíso (1980), O Poderoso Chefão (1972). Histórias sádicas. Gosto como ela são usadas pelo cinema dos Estados Unidos.

O roteiro do filme foi co-escrito por Campos junto com o seu irmão, Paulo Campos.

O Diabo de Cada Dia está disponível na Netflix.

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