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Fóssil de 500 milhões de anos é encontrado no Mato Grosso do Sul
Ciência e Tecnologia

Fóssil de 500 milhões de anos é encontrado no Mato Grosso do Sul

Animal marinho existiu entre 541 milhões e 635 milhões de anos atrás e indica início da predação

Matheus Rodrigo
Matheus Rodrigo
23.fev.23 às 19h19
Atualizado há mais de 2 anos
Fóssil de 500 milhões de anos é encontrado no Mato Grosso do Sul
(Ilustração de Corumbella por Júlia Soares d'Oliveira/Agência Fapesp//Divulgação)

Curioso hein! Uma pesquisa divulgada pela revista acadêmica iScience revelou o Corumbella, animal marinho que existiu no período Ediacarano, entre 541 e 635 milhões de anos atrás, no Mato Grosso do Sul.

Segundo o artigo Ediacaran Corumbella has a cataphract calcareous skeleton with controlled biomineralization — Ediacaran Corumbella tem um esqueleto calcário catafractário com biomineralização controlada, em tradução livre, o animal Corumbella era composto por uma carapaça articulada e por placas que se sobrepunham, sendo capaz de se movimentar. Ainda de acordo com o estudo, o fóssil descoberto permite definir que a espécie vivia no oceano, onde hoje se localiza Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Veja imagem detalhando a espécie abaixo!

imagem de corumbella em pesquisa da agência fapesp Ilustração do Corumbella (Divulgação/Science)

Em entrevista a Agência Fapesp, um dos pesquisadores do artigo Gabriel Ladeira Osés indicou que “as características da Corumbella fazem dela um dos primeiros animais modernos, que muito provavelmente viveram na presença de predadores e de cadeias alimentares parecidas com as que conhecemos hoje”.

O animal teria sido capaz de se livrar de predadores com a sua estrutura catafractária, semelhante em funcionamento a armaduras pesadas da Idade Média – termo vem do grego “katafraktos” e significa protegido. 

No geral, havia um consenso de que os animais predadores surgiram quase 30 milhões de anos depois, no que ficou conhecido como a “explosão do Cambriano”. Portanto, a revelação se soma a outras evidências que apontam, na verdade, o período Ediacarano como o início da predação.

O estudo foi realizado por pesquisadores do Brasil, da Escócia e Alemanha e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Fontes: Agência Fapesp e iScience

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