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Crítica | Jason Bourne
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Crítica | Jason Bourne

Bourne recuperou mais detalhes sobre o seu passado, mas isso não vai ajudá-lo a evitar o perigo

Marina Val
Marina Val
28.jul.16 às 19h12
Atualizado há quase 9 anos
Crítica | Jason Bourne

Jason Bourne é o quinto filme da franquia Bourne (o quarto protagonizado pelo personagem interpretado por Matt Damon). E, mais uma vez, ele recuperou mais detalhes sobre o seu passado, mas isso não vai ajudá-lo a evitar o perigo.

Além das costumeiras conspirações e passeios por diversos países, o longa traz discussões atuais, como a questão da segurança x privacidade, o que torna a história um pouco mais próxima do espectador, mesmo que o foco não seja esse.

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Menções a Edward Snowden e a redes sociais que coletam os dados dos consumidores são frequentes. Aparentemente, a ameaça de vazamento de dados é algo quase tão assustador para a CIA quanto a possibilidade de um homem como Bourne estar em busca de vingança.

Roteiro em alta velocidade

Jason Bourne entrega todos os elementos pelos quais a franquia é conhecida: Perseguições de veículos com câmera tremida, combate corpo a corpo usando itens que estão à mão e ação do começo ao fim.

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As cenas que envolvem veículos são especialmente empolgantes. Existe algo meio catártico em ver um automóvel se desmanchando durante a colisão com outro. São cenas em que praticamente ninguém se machuca, mas o rastro de destruição deixado é notável.

O ritmo do filme é incansável, sempre fazendo com que o protagonista pule de uma situação tensa para outra. Isso ajuda a fazer com que o público não tenha tempo para piscar durante os combates, nem para questionar muito os pontos nos quais o roteiro não é tão bem trabalhado.

Propaganda de itens que não existem

O modo como Bourne adquire alguns de seus gadgets é um dos mais sem graça de toda a franquia. O longa convenientemente coloca o herói em um local no qual ele pode furtar alguns itens, enquanto mostra para o espectador as placas descrevendo o que cada um dos aparelhos faz. É uma maneira de resolver um problema sem se ater demais às explicações, mas isso não quer dizer que é uma boa maneira.

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Bourne é conhecido por aproveitar recursos que estão no cenário para surpreender durante suas missões – a cena da caneta, por exemplo, é uma das mais lembradas da franquia. Só que quando esses recursos evoluem de material de escritório que é extremamente reconhecível para algo que precisa de uma placa para explicar a sua função, demonstra que a solução é um tanto problemática.

Alvos e contatos

Heather Lee, interpretada por Alicia Vikander, é uma das novas personagens apresentadas no longa. Ela é intrigante, extremamente inteligente e um recurso essencial na trama. Desde o primeiro momento em que ela aparece em cena, é possível perceber que há muito mais camadas em Heather além daquela que ela deixa transparecer. Esse ar de mistério não é suficiente para fazer com que a atriz ganhe outra indicação ao Oscar, mas pelo menos consegue adicionar mais tempero à história.

Jason Bourne (2016)

Matt Damon envelheceu bastante desde o primeiro filme, mas isso não parece ter afetado tanto na interpretação ou na ação do filme. Para o protagonista interpretado por ele, esses 14 anos só ofereceram mais experiência. Bourne no começo não sabia quem era, agora ele tem a resposta disso e também tem a certeza do que precisa fazer para sobreviver.

As memórias do passado trouxeram também alguns vilões que estão atrelados à origem de Jason Bourne. Com isso, algumas lutas ficam mais pessoais, pois não são só duas pessoas com objetivos diferentes, existe um histórico por trás.

Fim da linha

Jason Bourne entrega exatamente o que os fãs esperam em termos de ação, mesmo que o roteiro tenha alguns deslizes. Ele é competente o suficiente para fazer com que o público não queira esquecer-se daquele personagem, mas não é o melhor filme da franquia Bourne.

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