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Cientistas conseguiram fazer internet WiFi funcionar embaixo d'água
Ciência e Tecnologia

Cientistas conseguiram fazer internet WiFi funcionar embaixo d'água

Ainda que a velocidade de transferência de dados seja muito baixa

Priscila Ganiko
Priscila Ganiko
25.jun.20 às 17h13
Atualizado há quase 5 anos
Cientistas conseguiram fazer internet WiFi funcionar embaixo d'água

Um grupo de cientistas da Arábia Saudita está trabalhando no desenvolvimento de tecnologias capazes de possibilitar o uso de internet via wi-fi até mesmo embaixo d'água, e eles podem ter começado a encontrar uma solução.

Atualmente, a comunicação subaquática é feita utilizando ondas de rádio ou sinais de luz visíveis, mas ambas as soluções possuem limitações quanto a alcance ou taxa de transferência de dados, além de estarem sujeitas a interrupções caso algo passe entre a fonte e o receptor.

O time de Basem Shihada, primeiro autor do artigo, desenvolveu um sistema que suporta serviços de internet e o envio de mensagens multimídia usando LEDs ou lasers. O LED usa pouca energia mas seu alcance é limitado, enquanto o laser consegue entregar os dados de longe, mas precisa de mais energia para funcionar.

Chamado de Aqua-Fi, o projeto usou um computador para traduzir as imagens e vídeos para 1s e 0s, e enviar os dados usando um feixe de luz que liga e desliga rapidamente para transmitir o recado. Um receptor traduz a informação e a passa para outro computador, que converte os dados recebidos.

Ou seja: o vídeo é capturado e enviado para um computador, que traduz as imagens em sinais de luz. Os sinais são recebidos por um outro computador, que traduz novamente e envia os dados para a internet. Confira a ilustração abaixo para visualizar:

Diagrama do funcionamento da Aqua-fi

"Essa é a primeira vez que alguém consegue usar a internet embaixo d'água, completamente sem fios", afirmou Shihada.

Apesar de conseguirem fazer funcionar, os cientistas não estão satisfeitos com a velocidade da transferência, que é de 2,11 MB por segundo e tem um atraso de cerca de 1.00 milisegundo para ir e voltar — muito lento e limitado para as conexões com as quais estamos acostumadas hoje.

Para melhorar o desempenho do Aqua-Fi, o time prevê investimentos em componentes eletrônicos mais velozes, e está considerando um receptor esférico que seja capaz de receber luz de todos os ângulos.

Shihada espera ver a tecnologia se popularizando com o tempo:

Nós criamos uma maneira relativamente barata e flexível de conectar ambientes subaquáticos com a internet global. Esperamos que um dia, o Aqua-Fi seja tão utilizado embaixo d'água quanto o WiFi é usado acima da água

Com informações do Kaust e do Interesting Engineering.

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