Analistas de Wall Street e da Toy Retailers Association, além de outras companhias declararam recentemente que consideram o mais novo longa de animação da Pixar, Up, de baixo apelo comercial.

A animação sobre as aventuras de um senhor de 78 anos é considerado por inúmeros executivos, como Richard Greenfield, da Pali Research como um filme que não animará os jovens a ponto de que eles compareçam aos cinemas para assistir a mais nova produção do estúdio. A alegação parte do princípio de que a produção, a exemplo de Wall-E, possui extensas sequências sem diálogos e outros momentos em preto-e-branco.

Greenfield ainda acrescenta que ouviu inúmeras reclamações a respeito da ausência de uma protagonista feminina em Up!. Embora os comentários sobre um fracasso sejam muitos, existem também diversos comentários afirmando que o filme será um sucesso, como Doug Creutz da Cown & Company, que lembra que, a cada filme da Pixar que é lançando, inúmeras avaliações sobre um possível fracasso ou até mesmo uma baixa arrecadação são lançados em diversos veículos. Para Creutz, as preocupações se devem ao fato de que cada filme lançado pela Pixar é totalmente diferente e incomum se comparados aos anteriores.

Não é a primeira vez que produções da Pixar sofrem com comentários desta natureza, Ratatouille e Wall-E, também foram bombardeados com diversos comentários e análises. Sobre o primeiro, foi dito que o público não iria aos cinemas para assistir um rato cozinheiro que frequenta a cozinha de um restaurante, quanto ao segundo foi dito comentado que um filme com poucos diálogos e com um robô com sentimentos como protagonista não teria força para conquistar o espectadores.

Mesmo com as ressalvas, espera-se que Up! possa arrecadar quantias significativas por meio dos licenciamentos e inúmeros varejistas esperam que o filme gere muitas possibilidade de merchandising.

Apesar dos comentários dos executivos, o Festival de Cannes está tão animado com Up!, que decidiu lançar o longa em sua versão 3-D na noite de abertura do evento.

Via Jornal do Brasil – Caderno B 18 de abril de 2009; pag. 6

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