Coroner | Todos temos uma “curiosidade bizarra”, diz Serinda Swan
Conversamos com a atriz que vive Jenny Cooper na série
Coroner é uma série policial canadense que acompanha Jenny Cooper, uma médica legista de Toronto vivida por Serinda Swan (Inumanos, Tron: O Legado). Ela lida com ansiedade e crise de pânico, geradas por diferentes traumas, como a morte de sua irmã e de seu marido, ao mesmo tempo em que investiga as misteriosas mortes que surgem em seu trabalho.
A adaptação para a TV foi criada por Morwyn Brebner, que também é showrunner, inspirada na obra Atestado de Óbito (2010, Record), de M.R. Hall.
No Brasil, a segunda temporada estreia no próximo dia 7 de agosto, às 22h. E, a convite do Universal TV, o Nerdbunker conversou com a protagonista, Serinda Swan, sobre a série. Leia o bate-papo abaixo.

Nerdbunker – Como você se preparou para viver Jenny Cooper em Coroner?
Serinda Swan – Eu fiz muita pesquisa, e fiz questão de entender o ponto de vista da personagem, o que é fácil e difícil ao mesmo tempo, por se tratar de uma personagem preexistente. Ela veio de uma série de livros best sellers e eu li para ter certeza de que a entenderia melhor e saberia mais quem ela é.
Mas mudamos algumas coisas, como ela ser mais nova e morar em outro país [o original se passa na Inglaterra]. Também acrescentamos os problemas de saúde mental e quis ter certeza de que representaria isso da maneira certa, que entenderia a sua ansiedade e como isso a afeta mentalmente, emocionalmente e fisicamente. Estudei pessoas que sofrem de ataques de pânico para ter certeza que não diminuiria a condição.
Também assisti a uma autopsia na vida real, me certifiquei que entedia o trabalho.
E você já era fã de séries do gênero, como CSI e Law & Order?
Claro! Acho que todos temos essa curiosidade bizarra que sentimos por esse assunto. Talvez porque antigamente as pessoas viviam em vilas, e a morte estava mais presente, fazia parte do cotidiano. E, agora, não mais, então há uma curiosidade, é humano. É essa nossa humanidade que nos faz diminuir a velocidade quando nos deparamos com um acidente.
O que diferencia Coroner das outras séries policiais?
Acho que todas têm sua própria peculiaridade. Acredito que, por se passar em Toronto, no Canadá, isso nos diferencia.
Além disso, temos uma mulher como showrunner e criadora, e também uma produtora executiva. Dá para sentir que tem uma diversidade única. A série traz muita humanidade, e conta tramas separadas, como histórias pontuais, por episódio, e a história como ser humano desta mulher [Jenny]: ela é uma mulher que é uma médica legista, não uma médica legista que é uma mulher. E Jenny lida com ansiedade, vive uma vida muito dolorosa, com diferentes traumas.
Como é gravar com os corpos usados na série? Eles são bem reais…
São mesmo! E todos são feitos com borracha e cola. Temos próteses muito críveis, muito realistas. Eu adoro tocar, e acho incrível toda essa loucura, é muito divertido de brincar com elas.

O que você acha mudou em Jenny entre a primeira e segunda temporada?
Na primeira temporada, ela está procurando a verdade e, ao final, ela sabe um pouco mais sobre o que aconteceu com sua irmã e acabou resultando em sua morte. Durante toda a vida, ela procura uma resposta para conseguir chegar à verdade. E agora ela conseguiu chegar, mas o que ela vai fazer com isso? É uma verdade bastante severa de se lidar.
No início da segunda temporada, ela sente que está se saindo muito melhor em relação à depressão e ao medo que ela tem de sua própria raiva.
Como você vê a evolução de Jenny em relação a relacionamentos com outros personagens?
Acho que todos estão mudando desde a primeira temporada. E acho que ela está começando a tentar se curar desse medo de se relacionar, porque ela é uma vaca teimosa, mas amo isso nela [risos]. É como se o coração dela pudesse quebrar e se consertar ao mesmo tempo.
A série já foi renovada para a terceira temporada. Quais são os desafios agora?
Eu acho que o desafio é tirar Jenny do meu corpo ao final de cada temporada e trocar as manias delas pelas minhas.
Me divirto muito a interpretando; sinto que ela é uma personagem tão única e interessante. E eu realmente gosto de investigar quem ela é e o que a faz. Acabei aprendendo sobre mim também. Tem sido desafiador de várias maneiras, mas é realmente um bom desafio.